Um espaço dedicado à luta pela terra e pelo meio ambiente, em apoio às causas indígena, quilombola, camponesa e popular. Aqui, você encontrará informações diretas sobre lutas e conquistas, além de um espaço para a cultura, o folclore, as tradições, as medicinas e as sabedorias ancestrais desses povos. Este é um ponto de encontro para tod@s que almejam um mundo de liberdade, solidariedade, pluralidade e respeito pelo próximo e por todo o ecossistema. Aprendendo com o passado, atuamos no presente para construir um futuro melhor para todos os seres vivos!

Acampamento Terra Livre : Fortalecimento das lutas e conquistas dos povos indígenas.

Acampamento Terra Livre : Fortalecimento das lutas e conquistas dos povos indígenas.

O Acampamento Terra Livre (ATL), a maior mobilização indígena do Brasil, teve seu início em 2004, quando lideranças e povos originários se reuniram em Brasília para lutar pela demarcação de seus territórios e pela garantia de seus direitos originários e constitucionais. Desde então, o evento se consolidou como um encontro anual de extrema relevância.

Em 2024, a 20ª edição do ATL foi realizada entre os dias 22 a 26 de abril, na capital federal, reunindo cerca de 9 mil participantes, representando mais de 200 povos de todas as regiões do país. O tema central foi “Nosso Marco é Ancestral! Sem demarcação não há democracia”, posicionando-se frontalmente contra o Marco Temporal e em defesa da Constituição de 1988.

A agenda do acampamento abordou pautas históricas e urgentes do movimento indígena, como:

  • A urgência da demarcação de terras indígenas e a rejeição à Lei 14.701/2023 (conhecida como “Lei do Genocídio Indígena”);
  • O combate à violência territorial e pessoal contra os povos indígenas, que se manifesta por meio de invasões, garimpo ilegal, desmatamento e assassinatos;
  • A ampliação da participação indígena na política oficial e nos espaços de decisão;
  • O papel fundamental dos povos originários na proteção ambiental e no enfrentamento à crise climática global.

A mobilização não se limita a expor pautas, mas se consolida como um ato contundente de resistência e articulação política. A Declaração Final do ATL 2024, intitulada “Terra, Tempo e Luta”, reforça que a suspensão da demarcação de terras e a aplicação de leis que atacam direitos ancestrais equivalem a uma “declaração de guerra” contra os povos.

O ATL é, portanto, um pilar estratégico para que os povos indígenas apresentem à sociedade brasileira e aos poderes da República suas reivindicações, reafirmando que a luta pelos direitos originários, pela pluralidade cultural e pela preservação do meio ambiente é inseparável da própria construção de uma democracia justa, diversa e sustentável no Brasil.

Em 2025 ocorreu a 21ª edição do evento, que tradicionalmente acontece em Brasília em abril, em torno do Dia dos Povos Indígenas (19 de abril).

O acampamento desse ano  reuniu mais de 7 mil indígenas de mais de 200 povos de todas as regiões do Brasil.

 A atividade deste ano  manteve o foco na luta por direitos territoriais, com destaque para a defesa dos povos e do planeta.

 O acampamento funcionou como um grande ato de resistência contra os retrocessos e as ameaças aos direitos indígenas, incluindo:

  • O combate a projetos de lei anti-indígenas que avançam no Congresso.
  • A pressão pela demarcação e proteção de Terras Indígenas.
  • A reafirmação do papel dos povos originários no enfrentamento à crise climática.

O acampamento também celebrou os 20 anos da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), a principal força de organização do movimento indígena.

 

O Brasil possui, atualmente, uma rica diversidade de povos indígenas, com um total de 391 etnias oficialmente reconhecidas, Falando cerca de 295 línguas indígenas e estão distribuídos por todo o território nacional. A população indígena no país, de acordo com o Censo Demográfico de 2022, é de 1.694.836 pessoas. ( Ddos esses provavelmente já ultrapassados)

 

A população indígena no Brasil tem crescido expressivamente, refletindo o avanço no reconhecimento e na afirmação de seus direitos e identidades.

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Editor

Alex Goulart Baseia - Jornalista